Entenda mais sobre essa patologia hepática, caracterizada pelo excesso de gordura acumulada no fígado
A esteatose hepática, também conhecida como doença hepática gordurosa, é uma condição que afeta um número crescente de pessoas em todo o mundo. Caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no fígado, ela pode ser desencadeada por diversos fatores e, em casos graves, comprometer a saúde do órgão. Com o aumento da obesidade e de hábitos alimentares inadequados na população brasileira, a importância de entender e prevenir essa condição nunca foi tão grande.
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O que é a esteatose hepática?
A esteatose hepática ocorre quando uma porcentagem de gordura se acumula no fígado, ultrapassando o limite considerado saudável, que é de até 5% do peso do órgão. A esteatose hepática pode ser dividida em dois tipos principais:
- Esteatose hepática alcoólica: causada pelo consumo excessivo de álcool;
- Esteatose hepática não alcoólica: associada a fatores como obesidade, sedentarismo, diabetes tipo 2 e resistência à insulina.
Embora seja mais comum em adultos, a esteatose hepática também pode afetar crianças, especialmente aquelas com sobrepeso.
Quais são as causas?
As causas da esteatose hepática são variadas. No caso da forma alcoólica, o consumo exagerado de bebidas alcoólicas é o principal fator desencadeante. Já a versão não alcoólica está ligada a um conjunto de condições metabólicas, como excesso de peso, diabetes, colesterol elevado e má alimentação.
Além disso, o uso prolongado de alguns medicamentos, como corticoides e metotrexato, também pode levar ao acúmulo de gordura no fígado.
Principais sintomas
A esteatose hepática costuma ser silenciosa, principalmente nos estágios iniciais. No entanto, alguns sintomas podem surgir à medida que a condição evolui:
- Fadiga.
- Desconforto ou dor na parte superior direita do abdômen.
- Sensação de cansaço frequente.
- Alterações nos exames de função hepática.
Em casos mais graves, a doença pode evoluir para esteatohepatite, cirrose ou insuficiência hepática.
Diagnóstico
O diagnóstico geralmente é feito através de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética. Testes laboratoriais também podem ser utilizados para avaliar a função hepática e descartar outras doenças. Em casos específicos, pode ser necessária uma biópsia do fígado para confirmar o diagnóstico e avaliar a gravidade.
Tratamento e prevenção da esteatose hepática
O tratamento da esteatose hepática envolve mudanças significativas no estilo de vida. A reeducação alimentar é um dos pilares, com a adoção de uma dieta rica em frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras, enquanto alimentos ultraprocessados, gorduras trans e açúcares refinados devem ser evitados.
A prática regular de exercícios físicos, como caminhadas, corridas ou musculação, também tem um papel importante, ajudando não apenas na perda de peso, mas também na melhora da saúde metabólica como um todo. Em muitos casos, é fundamental controlar condições associadas, como diabetes e colesterol alto, além de moderar ou eliminar o consumo de álcool, dependendo da causa da esteatose.
Já a prevenção também pode ser decisiva no combate à esteatose hepática. Manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e realizar check-ups médicos periódicos com uma nutróloga são medidas eficazes para cuidar da saúde do fígado.
Perguntas frequentes
A esteatose hepática pode ser revertida?
Sim, na maioria dos casos, a esteatose hepática pode ser revertida, especialmente quando diagnosticada precocemente. Mudanças no estilo de vida, como a perda de peso e a adoção de hábitos saudáveis, são fundamentais para o sucesso do tratamento.
Qual a relação entre esteatose hepática e obesidade?
Essas condições estão intimamente ligadas. O excesso de gordura corporal contribui diretamente para o acúmulo de gordura no fígado e agrava problemas metabólicos relacionados.
Quais alimentos devem ser evitados em caso de esteatose hepática?
É importante evitar alimentos ultraprocessados, como salgadinhos, embutidos, frituras e produtos ricos em açúcar, como refrigerantes e sobremesas industrializadas. Esses alimentos sobrecarregam o fígado e dificultam sua recuperação.
A esteatose hepática é uma condição grave?
Embora nos estágios iniciais a esteatose hepática não cause sintomas relevantes, ela pode evoluir para problemas graves, como inflamação, fibrose e até insuficiência hepática, se não for tratada. Por isso, é essencial dar atenção ao diagnóstico e ao tratamento.
Como saber se alguém tem esteatose hepática?
A condição geralmente é descoberta por meio de exames de imagem realizados durante check-ups de rotina ou devido a alterações em testes de função hepática. Em caso de suspeita, é fundamental procurar um profissional de saúde para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.
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Fontes: