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Bulimia

Bulimia
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Transtorno alimentar é caracterizado pela ingestão exagerada de alimentos e consequentes quadros de indução do próprio vômito ou uso indiscriminado de laxantes 

A bulimia é um transtorno alimentar caracterizado por episódios recorrentes de compulsão alimentar, seguidos de comportamentos compensatórios inadequados, como vômitos autoinduzidos, uso excessivo de laxantes ou diuréticos, jejum prolongado ou exercício físico intenso. O objetivo desses comportamentos é evitar o ganho de peso.

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O que pode causar a bulimia?

A bulimia é uma condição que pode ter causas variadas, que incluem fatores biológicos, psicológicos e sociais. Alguns dos principais responsáveis pelo surgimento dessa condição patológica são:

  • Histórico familiar de transtornos alimentares ou outros problemas mentais;
  • Alterações químicas no cérebro que afetam o humor, a saciedade e a ansiedade;
  • Pressões sociais e culturais para atender a um padrão estético ideal de beleza e magreza;
  • Traumas emocionais ou abusos na infância e/ou adolescência;
  • Baixa autoestima;
  • Problemas emocionais, como ansiedade ou depressão;
  • Dificuldades em lidar com emoções e estresse.

Principais sintomas da bulimia

De maneira ampla, podemos dizer que o principal sintoma da bulimia, sem dúvidas, é a ocorrência de episódios recorrentes de compulsão alimentar, em que a pessoa consome uma elevada quantidade de alimentos em curto período, sentindo, então, uma sensação de perda de controle sobre a própria alimentação.

Na sequência, o indivíduo costuma realizar comportamentos compensatórios inapropriados, como vômitos autoinduzidos, utilização desregrada de laxantes ou diuréticos, jejum prolongado e alguma atividade física de alta intensidade, não supervisionada.

Entretanto, esses não são os únicos sintomas da bulimia. Esse transtorno alimentar também pode fazer com que o paciente apresente preocupação excessiva com o peso e a forma corporal, além de alterações no humor e comportamentos, como isolamento social, ansiedade, depressão e perda de interesse por atividades anteriormente consideradas prazerosas.

Pacientes bulímicos também podem fazer uso de roupas largas ou com camuflagem do corpo, além de sentirem dores no abdômen, inchaço, constipação ou outros problemas gastrointestinais. Outros sinais de bulimia podem ser feridas e cicatrizes nos dedos ou mãos, em razão do uso repetitivo destes para induzir o próprio vômito, e problemas de saúde física, como inflamação do estômago, desequilíbrios eletrolíticos e desidratação.

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Diferença entre anorexia e bulimia

A semelhança entre anorexia e bulimia é que ambos são transtornos alimentares graves que afetam principalmente mulheres jovens. No entanto, são diferentes patologias em termos de sintomas, causas e tratamentos.

A anorexia nervosa, por exemplo, é caracterizada pela restrição alimentar extrema e pela perda de peso significativa, além de uma preocupação excessiva com a forma e o peso corporal. As pessoas com anorexia muitas vezes têm uma imagem distorcida da própria aparência, o que pode levar a comportamentos alimentares extremos, como evitar certos alimentos, comer quantidades muito pequenas de comida e se exercitar excessivamente.

Já na bulimia, conforme descrito anteriormente, os pacientes ingerem quantidades, muitas vezes exageradas, de alimentos, mas se esforçam para expeli-los de maneira não convencional posteriormente, seja induzindo o próprio vômito, ingerindo diuréticos e laxantes sem orientação médica ou perdendo o controle na prática de atividades físicas.

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Bulimia nervosa: quais os sinais de alerta?

Como a bulimia é um transtorno muito frequentemente associado a meninas jovens, é necessário que os pais ou responsáveis estejam atentos aos sinais de alerta de que algo não está funcionando como deveria.

A maior parte das pacientes esconde todos os comportamentos autodestrutivos, como indução do próprio vômito e ingestão irregular de laxantes e diuréticos. Entretanto, é possível que os pais percebam outros sinais de alerta, tais como ida imediata ao banheiro após cada refeição, por exemplo.

Também é importante monitorar mudanças de peso repentinas, baixa autoestima, isolamento social (sobretudo em eventos que envolvam comida), feridas nos dedos ou dentes desgastados e problemas digestivos frequentes, como refluxo ácido ou inchaço.

Com a percepção adequada desses sinais, é importante conversar com a pessoa sobre a suspeita e oferecer suporte para que ela procure ajuda médica o quanto antes.

Tratamentos para bulimia

Existem vários tratamentos eficazes para a bulimia nervosa, que podem incluir orientação nutricional, psicológica e medicamentosa. A realização de uma terapia cognitiva comportamental, abreviada como TCC, é fundamental para que o psicólogo consiga identificar o comportamento nocivo do paciente e sugerir estratégias para que o paciente possa enfrentar as situações e sentimentos relacionados ao problema

O acompanhamento nutricional também é indispensável no tratamento da bulimia, uma vez que tem por objetivo esclarecer dúvidas sobre alimentação e calorias dos alimentos. O especialista pode, por exemplo, sugerir escolhas alimentares mais saudáveis para favorecer o controle ou a perda de peso sem comprometer a saúde da pessoa, estabelecendo, portanto, um relacionamento saudável com a comida.

Há ainda o tratamento medicamentoso, que é aplicado quando o psicólogo entende que a bulimia está relacionada a um quadro mais crítico de ansiedade ou de depressão, por exemplo. O psiquiatra, então, deve entrar em ação para prescrever medicamentos que controlem essas doenças psicossomáticas, de forma a controlar os sinais bulímicos.

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É possível recuperar-se da bulimia?

Sim, é possível se recuperar da bulimia nervosa. Com um tratamento adequado, muitas pessoas conseguem superar o transtorno e levar uma vida saudável e equilibrada. No entanto, o processo de recuperação pode levar tempo e exigir uma abordagem abrangente e individualizada.

A recuperação pode incluir a aprendizagem de habilidades para controlar os comportamentos alimentares disfuncionais, como a compulsão alimentar e a purgação, bem como a identificação e tratamento de quaisquer transtornos mentais subjacentes, como ansiedade ou depressão.

Como um nutrólogo pode ajudar?

Um nutrólogo pode ajudar no tratamento da bulimia desenvolvendo um plano de perda e manutenção de peso com uso de medicações e adoção de uma alimentação saudável e equilibrada, além de atuar na reposição de nutrientes perdidos e reestabelecimento da saúde gastrointestinal. O especialista pode, ainda, trabalhar com o paciente para identificar quais alimentos são nutritivos e adequados para suas necessidades nutricionais.

O nutrólogo também pode ajudar o paciente a estabilizar o peso, caso necessário, e a desenvolver um plano alimentar com uso de medicações que possam ser mantidas a longo prazo para manter o peso. O objetivo do tratamento nutricional é ajudar o paciente a construir uma relação saudável com a comida. Essa terapia pode ser multidisciplinar, e o médico pode atuar em conjunto com psicólogos, nutricionistas e psiquiatras.

Para entender mais sobre a bulimia nervosa, agende uma consulta com a Dra. Polliane Lemos.

Fonte:

Associação Brasileira de Transtornos Alimentares