Preocupação mundial, a obesidade infantil pode causar diversas consequências para a criança, desde o seu crescimento até a fase adulta
A obesidade infantil é definida como o excesso de gordura corporal em crianças com até 12 anos de idade. Essa condição favorece o aparecimento de outras doenças e aumenta a probabilidade de a criança se tornar um adulto obeso.
Segundo o Atlas Mundial da Obesidade, a projeção para 2035 é de que um terço das crianças estejam obesas. Os dados de 2020 apontaram que 12,5% das meninas e 18% dos meninos já estavam com a doença em algum grau da obesidade.
Quero tratar a obesidade infantil!
Principais causas da obesidade infantil
A obesidade infantil está associada, em grande parte dos casos, a hábitos não saudáveis. Contudo, existem outros fatores que podem influenciar o desenvolvimento do problema, tais como:
- Alimentação ruim;
- Sedentarismo;
- Hereditariedade;
- Distúrbios hormonais;
- Problemas psicológicos, como a ansiedade e a depressão.
Diferentemente do senso comum, não são apenas as crianças que consomem uma grande quantidade de comida que podem desenvolver a doença. O problema, muitas vezes, está na qualidade do alimento. Aqueles com alto valor calórico e baixo valor nutritivo, mesmo em menor quantidade, podem contribuir com a obesidade infantil.
O sedentarismo cada vez mais comum é consequência dos avanços tecnológicos e uma das causas da obesidade infantil. As crianças exercitam-se menos e passam muito tempo jogando, assistindo ou usando o celular.
Além disso, é comum que as crianças comam sem prestar atenção aos alimentos para voltar logo às atividades ou optam por comer sem mesmo largar o equipamento eletrônico, comprometendo a sensação de saciedade.
A ansiedade é causada pelo estresse cotidiano e contribui para a compulsão pela comida. Já a depressão, ainda que cause perda de peso em muitos casos, pode levar à indisposição para a prática de atividades físicas, o que, junto com a má alimentação, propicia o quadro de obesidade infantil.
Como diagnosticar a obesidade infantil?
A obesidade infantil pode ser diagnosticada pelo cálculo do índice de massa corporal (IMC) ou pela referência de peso estipulada pela idade — sendo considerada obesa, nesse caso, a criança que esteja com um peso 15% maior que o estipulado.
Essas constatações, no entanto, devem ser feitas por um médico especialista, que deve ser consultado para avaliar se existe um quadro de obesidade infantil, definir o tratamento e verificar se a criança possui outras condições de saúde associadas ou decorrentes da doença.
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Riscos e consequências
A obesidade infantil compromete o desenvolvimento de ossos, articulações e músculos, entre outros problemas associados a doenças e relacionamentos sociais. Entre as principais consequências, nesse sentido, podemos citar:
- Diabetes;
- Hipertensão arterial;
- Colesterol alto;
- Doenças respiratórias;
- Dores em articulações;
- Problemas ortopédicos;
- Obesidade mórbida na fase adulta.
Os problemas sociais, emocionais e psicológicos mais comuns relacionados à obesidade infantil são:
- Depressão;
- Solidão;
- Bulimia ou anorexia;
- Problemas de autoestima.
O que fazer para evitar a obesidade infantil?
A alimentação saudável é uma das formas mais efetivas de evitar a obesidade infantil. O consumo de frutas, legumes, carnes magras e outros alimentos nutritivos contrabalanceia os lanches menos saudáveis, como os biscoitos.
Diminuir os alimentos gordurosos, praticar regularmente atividades físicas e beber água em quantidade adequada também são fatores que contribuem para uma vida mais saudável. Todos esses hábitos também colaboram de forma ativa com a saúde mental.
A fase de amamentação também é importante para evitar a obesidade infantil por existirem hormônios no leite que auxiliam na saciedade do bebê. A Organização Mundial da Saúde calcula que a cada mês que a criança é amamentada existe uma redução de 4% no risco de sobrepeso.
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Como a nutrologia pode ajudar?
A nutrologia é a especialidade médica que visa estudar, diagnosticar e tratar problemas relacionados à nutrição, como a obesidade infantil. Por esse motivo, o apoio de um médico nutrólogo pode ser fundamental para que o processo de emagrecimento saudável e com manutenção da qualidade de vida.
Crianças e adolescentes podem usar medicações para emagrecer?
A obesidade deve ser tratada como doença. E muitas vezes para tratar doenças precisamos usar medicamentos. Por esse motivo, sim, diversas medicações têm estudos realizados especificamente com crianças e adolescentes, ou seja, elas podem ser uma boa opção, desde que cada caso seja avaliado individualmente.
Por que tratar a obesidade e sobrepeso com medicações?
A medicação é importante no tratamento da obesidade por várias razões: auxilia na perda de peso, controla doenças associadas, quebra ciclos viciosos de compulsão alimentar, aumenta a motivação, ajuda na manutenção do peso a longo prazo, oferece suporte psicológico e é uma opção para casos graves. Além disso, ela individualiza o tratamento, reduz complicações de saúde e complementa outras intervenções, como dieta e exercícios.
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Benefícios do tratamento medicamentoso da obesidade
Como vimos anteriormente, o tratamento medicamentoso pode ser fundamental para a melhora da obesidade infantil e adulta, com benefícios como:
- Auxilia na perda de peso: os medicamentos ajudam a reduzir o apetite, aumentar a sensação de saciedade ou diminuir a absorção de gordura;
- Controle de doenças associadas: a obesidade está ligada a patologias como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e doenças cardíacas. Os medicamentos ajudam a controlar essas condições reduzindo os riscos associados à obesidade;
- Quebra de ciclos viciosos: A obesidade muitas vezes está relacionada a padrões alimentares descontrolados e compulsão alimentar;
- Aumento da motivação: Os medicamentos aumentam a motivação dos pacientes, fornecendo resultados mais rápidos e estimulando a adesão ao tratamento;
- Manutenção a longo prazo: a obesidade é uma condição crônica que requer um gerenciamento contínuo. Os medicamentos podem desempenhar um papel importante na manutenção do peso perdido a longo prazo.
Agende sua consulta com a nutróloga Dra. Polliane Lemos.
Fontes:
Organização Mundial de Saúde (OMS);
Atlas Mundial da Obesidade.